O tubarão-baleia (Rhincodon typus) é a única espécie da família Rhincodontidae, vive em
oceanos quentes e de
clima tropical, além de ser a maior das espécies de
tubarão, é o maior
peixe conhecido, podendo crescer até cerca de 20 m e pesar mais de 13
toneladas.
O animal é completamente inofensivo ao homem e alimenta-se de
plâncton por
filtração.
Esta
espécie foi identificada pela primeira vez em
1828, na costa da
África do Sul, mas a família Rhincodontidae foi criada apenas em
1984. O nome "tubarão-baleia" surgiu graças ao tamanho desse peixe.
O tubarão-baleia habita os
oceanos tropicais e de água quente. Sendo
pelágico e uma espécie geralmente solitária, agrega-se de forma sazonal para alimentar-se em várias costas com
alimentação abundante, como o recife de
Ningaloo na
Austrália, em
Pemba,
Útila,
Honduras,
Donsol,
Filipinas e
Zanzibar na costa do leste da
África. Seu habitat fica restrito a aproximadamente 30° de latitude desses locais.
Os
machos convivem em distâncias maiores que as
fêmeas, que normalmente tendem a permanecer em locais fixos.
A pele destes peixes é marcada como um “tabuleiro de
damas” de pontos claros e listras amarelas. Estes pontos são específicos em cada indivíduo, de modo que podem ser usados para identificar cada animal e fazer uma contagem exata da população.
Sua pele pode ter até 10 cm de espessura. O tubarão tem duas
barbatanas dorsais. A
cauda de um tubarão-baleia tem a parte superior maior do que a inferior, mas quando adulto a diferença diminui. Os
espiráculos do tubarão encontram-se justo atrás dos
olhos.
O tubarão-baleia não é um nadador eficiente; o corpo inteiro está em movimento quando o animal nada. O resultado deste movimento, que é muito incomum para tubarões, é uma velocidade média ao redor de 5 quilômetros por hora.O tubarão-baleia se
alimenta de
plâncton,
macro-algas,
krill, pequenos
polvos e outros
invertebrados. As várias fileiras de
dentes não atuam na alimentação, a água entra constantemente na boca e sai através dos arcos das
brânquias. Qualquer material capturado é engolido. O tubarão pode fazer circular a água a uma taxa de até 1,7 l/s. Entretanto, também se alimenta de forma ativa, explorando concentrações de plâncton ou pequenos
peixes através do
olfato.
De acordo com marinheiros, os tubarões-baleia se encontram nos ar
recifes perto da costa
caribenha de
Belize suplementando sua dieta ordinária alimentando-se das ovas de
caranhos gigantes que enxameiam nessas águas em maio, junho e julho entre a lua cheia e os quartos crescente e minguante desses meses.Quando se explica que a maioria dos tubarões não são perigosos para os
humanos, esta espécie é geralmente usada como o exemplo principal.
Mergulhadores podem nadar ao redor do gigantesco peixe sem problema algum.
Os tubarões são freqüentemente vistos na
Tailândia, nas
Maldivas, no
Mar Vermelho, na
Austrália ocidental (
Arrecife de Ningaloo), na Reserva Marinha de Gladden Spit, em
Belize e nas ilhas
Galápagos. São regularmente vistos entre dezembro e maio nas
Filipinas (
Donsol). Mergulhadores afortunados também se encontraram com tubarões-baleia nas
Seychelles e em
Porto Rico. Entre dezembro e setembro, é bem sabido que eles nadam ao longo da baía de La Paz na
Baixa Califórnia mexicana.
Como ocorre com a maioria dos tubarões, os hábitos
reprodutivos dos tubarões-baleia são obscuros. Baseando-se no estudo de um único ovo encontrado na costa do
México em
1956, acreditava-se que eles fossem
ovíparos, mas a captura de uma fêmea
grávida em
julho de
1996, contendo 300 filhotes de tubarão-baleia indica que eles são
vivíparos com desenvolvimento
ovovivíparo. Os ovos permanecem no corpo e as fêmeas dão luz a filhotes com 40 a 60 cm. Acredita-se que eles alcancem maturidade sexual por volta dos 30 anos e sua longevidade é estimada como sendo entre 60 e 130 anos.
Segundo a WWF, o menor exemplar vivo da espécie foi encontrado com apenas 38 centímetros. Sua pequena cauda ficou presa em cordas de amarras de navios em
10 de março de
2009 na Baía de Sorsogon, Filipinas.
O tubarão-baleia é visado pela
pesca artesanal e pela
indústria pesqueira em várias áreas onde eles se juntam sazonalmente. A sua população é desconhecida e esta espécie é considerada em perigo pela
IUCN. Sabe-se que os tubarões-baleia freqüentam as águas na costa de
Donsol na província
Sorsogon das
Filipinas. Um tubarão-baleia é, também, a principal atração do
Aquário Kaiyukan de
Osaka, no
Japão.
No ano de 2005, três tubarões-baleia estavam sendo estudados em
cativeiro no
Aquário Churaumi de
Okinawa, também no
Japão. Quatro tubarões-baleia, incluindo dois machos, Ralph e Norton e duas fêmeas, Alice e Trixie, são mantidos no
Aquário da Georgia, que abriu em 2005 em
Atlanta. As duas fêmeas foram adicionadas ao grupo em 3 de junho de 2006 com a esperança de que sua reprodução pudesse ser estudada em cativeiro. Todos os quatro tubarões foram importados de
Taiwan pela
UPS.
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